PM é preso após ser flagrado dando tapas e chutes em cachorro em São Mateus (ES)

Um vídeo chocante repercutiu neste sábado (12), em São Mateus, norte do Espírito Santo. As imagens, gravadas por vizinhos, mostram um policial militar de 32 anos cometendo atos de violência contra um cachorro
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Fabiano Facini

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Um vídeo chocante repercutiu neste sábado (12), em São Mateus, norte do Espírito Santo. As imagens, gravadas por vizinhos, mostram um policial militar de 32 anos cometendo atos de violência contra um cachorro — o animal, preso por uma coleira, recebe tapas e chutes enquanto o PM pergunta: “Vai chorar? Vai chorar?” .

Segundo a Polícia Militar, a corporação foi acionada após denúncias sobre maus-tratos e chegou à residência no bairro Aroeira. Lá, o agressor, que se apresentou como policial, afirmou que apenas reagiu a uma briga do cão com outros animais na rua. Contudo, os vídeos apresentados por testemunhas demonstraram claramente atos de violência gratuita.

As imagens ainda mostram o policial jogando água no focinho do cachorro e continuando com os agressores, mesmo com o animal expressando dor. O cão, com gemidos, permanece imobilizado pela coleira durante o ataque.

Diante do flagrante, o militar foi detido e conduzido à Delegacia Regional de São Mateus, onde foi autuado pela Polícia Civil por crime de maus-tratos. Posteriormente, foi encaminhado ao sistema prisional.

Em comunicado, a PM informou que o agressor pertencia ao 13º Batalhão, sede em São Mateus, e afirmou que o cachorro foi resgatado e entregue a uma ONG da região. O animal está recebendo cuidados veterinários e, em breve, será disponibilizado para adoção responsável.

Esse caso levanta novamente o debate sobre posse responsável e fiscalização de agentes públicos, especialmente considerando o Estatuto de Proteção Animal, que prevê até três anos de reclusão para quem pratica maus-tratos. A repercussão negativa, tanto local quanto nas redes sociais, pressiona as autoridades por respostas mais rigorosas e prevenção de novos episódios.

Moradores da Aroeira afirmam ter ficado assustados com a violência, especialmente por se tratar de alguém que, em teoria, deveria preservar a lei. “Não pode haver impunidade, ainda mais com quem ecoa violência em uniforme”, declarou um vizinho que preferiu não se identificar.

O caso segue em investigação e será avaliado pela Corregedoria da Polícia Militar. Resta agora acompanhar as consequências legais para o agressor — e as medidas de bem-estar que serão garantidas ao cão resgatado. O crime contra animais, cada vez mais denunciado pela sociedade, exige punições exemplares e conscientização sobre o respeito à vida.

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